No 1º semestre do ano, a economia catarinense gerou mais de 61,5 mil novos postos de trabalho formais. A indústria teve contribuição decisiva para esse resultado, com a abertura de 27,1 mil vagas no período.
Um dos principais destaques do semestre foi o setor alimentício, incentivado tanto pelo aumento no número de abate de aves e suínos, como também pelas safras positivas de grãos. Esse movimento resultou na geração de vagas em diversos elos da cadeia produtiva, como é o caso da fabricação de pós alimentícios e produtos à base de soja.
O bom momento da agroindústria repercutiu no fornecimento catarinense de embalagens plásticas para o restante do país. A atividade contratou mais de mil empregados no 1º semestre e lidera o crescimento da produção industrial no acumulado do ano.
Houve também aumento das contratações no setor de transportes, particularmente nos serviços de armazenagem e de transportes rodoviários de cargas, necessários ao escoamento das safras agrícolas.
Apesar da manutenção das taxas de juros elevadas na economia nacional, a construção contribuiu positivamente no período, mediante a abertura de 9,6 mil vagas. A atual fase do ciclo imobiliário tem impulsionado a geração de empregos em atividades complementares, especialmente serviços para edifícios.
Outro destaque do semestre foi a indústria de equipamentos elétricos. O setor foi impulsionado tanto pelo aumento da produção de eletrodomésticos de pequeno porte para venda interna, como pelo aumento das exportações de transformadores e painéis para comando elétrico para os EUA e a Argentina, respectivamente.
As vendas externas beneficiaram, ainda, a indústria naval, que registrou expansão de 13% em seu estoque de vagas no 1º semestre. Em 2023, Santa Catarina se tornou o maior exportador nacional de barcos a motor e navios de pesca, tendo Itália, EUA e Chile como seus principais parceiros comerciais.
No mês de junho, o estado gerou 1,9 mil novas vagas na economia, as quais se concentraram no setor de serviços. Na indústria, o saldo foi negativo em 2,1 mil vagas. Esse desempenho reflete, principalmente, a conjuntura do setor de têxtil, confecção, couro e calçados, que tem sido prejudicado pela menor demanda nacional e pelos preços ao consumidor em patamares ainda elevados.
Confira abaixo o Boletim na íntegra: