Atividade econômica de Santa Catarina sofre novo recuo em setembro
Pela segunda vez consecutiva, o Índice de Atividade Econômica (IBC) de Santa Catarina registrou queda, com retração de 0,4% no mês de setembro em relação a agosto. O recuo na atividade econômica catarinense foi maior do que o registrado no país, cuja variação negativa foi de 0,3%.
Apurado pelo Banco Central, o Índice de Atividade Econômica (IBC) mensura a evolução da atividade econômica no país, incorporando variáveis proxies do desempenho nos setores da economia e sendo visto como uma prévia do PIB.
Setor de serviços ameniza queda da atividade econômica catarinense
No cenário nacional, em setembro ante agosto, houve recuo na produção dos três grandes setores da economia, com variação de -0,4% na Indústria geral, -1,3% no Comércio varejista e -0,6% em Serviços.
Já em Santa Catarina, somente o setor de Serviços registrou expansão no mesmo período de referência, com taxa de 0,3%. A atividade relacionada a Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio foi a que mais cresceu no período entre agosto e setembro, com variação de 1,5%, na série com ajuste sazonal. Os Serviços prestados às famílias também foram destaque, com expansão de 1,3% na mesma análise. Com a retomada dos eventos presenciais e a redução nos casos de Covid-19, estas atividades vêm conseguindo recuperar a sua demanda.
No Comércio catarinense, as maiores quedas de setembro ante agosto se deram nas vendas de Eletrodomésticos (-10,7%), Equipamentos e materiais para escritório (-8,1%) e Móveis (-4,7%), na série dessazonalizada. No entanto, é importar ressaltar que, apesar dos recuos registrados nos últimos dois meses, o desempenho do setor varejista em Santa Catarina permanece em patamar superior ao nível pré-pandemia, com variação de 2,1% em setembro, ante fevereiro de 2020, na série sem os efeitos sazonais.
No que se refere à Indústria de Santa Catarina, o setor de Máquinas e equipamentos registrou em setembro (ante agosto) retração de 8,2%. Esse setor vem sofrendo com falta de insumos no mercado global, sobretudo de semicondutores. O destaque positivo em setembro deu-se na atividade de Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com expansão de 12,4%. O setor vem sendo puxado pela demanda externa em produtos como motores e transformadores elétricos.
Apesar do recuo em setembro, a atividade econômica de Santa Catarina registra expansão de 8,2% no acumulado do ano (janeiro a setembro), ante o mesmo período do ano passado. O resultado do estado é o segundo melhor entre as unidades da federação e superior à média nacional (5,9%).
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